Ser voluntário é....

Refletir sobre o que é ser voluntário exige a compreensão do papel do "eu" e do "nós" na sociedade. Ou seja, exige questionar: qual é o nosso papel social?


Ser voluntário é saber compartilhar o que temos de mais precioso: amor, felicidade, sabedoria, conhecimento, tempo e humildade. O voluntariado, então, pressupõe o compartilhar, e não o descartar as sobras do cotidiano. No momento em que nos predispomos a compartilhar o que temos de melhor com as pessoas, é possível, então, dizer que somos voluntários.


Em resumo podemos dizer que o voluntário que vivencia a atividade de compartilhar o que tem de melhor, está na verdade "mergulhado" em uma tarefa


Parafraseando Braghirolli, Pereira e Rizzon (2000) ao analisarem sobre "iniciativa ou complexo de culpa", cabe dizer que o voluntário que vivencia positivamente a atividade de compartilhar o que tem de melhor, desenvolvendo a iniciativa, é capaz de "mergulhar" em uma tarefa pelo prazer que esta lhe dá, pela paixão de estar em uma atividade diferente daquela que ocorria em seu dia-a-dia.


Com o voluntariado aprendemos a ser empreendedores sociais. O voluntariado nos ensina a valorizar o amor ausente e não apenas o amor presente, a desconstruir conceitos, banir preconceitos e construir novos conceitos e, portanto, construir novos referenciais em nossas vidas.


Em síntese, é importante desenvolver a iniciação à arte de compartilhar: uma conduta sadia, inteligente, lógica e construtiva. Quem desenvolver, certamente experimentará uma nova escala de valores em suas vidas, humanizando cada vez mais o seu cotidiano. Não se trata de buscar respostas verbais sobre o papel do voluntário, mas de novas formas de agir, as quais sem dúvida exigem novos conhecimentos, novas condutas e novas aprendizagens. Como fazer? A resposta é: começar para experimentar.


Por Suzana Maria de Conto